Comunicação visual na fotografia comercial: aprenda a criar imagens que vendem

Conhecer bem as ferramentas da comunicação visual e aplicá-las adequadamente é de suma importância às marcas que precisam de fotografias comerciais para a divulgação de seus produtos.

Neste artigo, vamos explicar quais os princípios básicos da comunicação visual – e de que maneira os utilizar para criar fotos impactantes e vendáveis.

Além disso, traremos exemplos de imagens criadas a partir desses conceitos.

A importância dos elementos visuais na fotografia comercial

A escolha dos elementos visuais adequados é determinante na transmissão da mensagem da sua imagem, tal como se fossem palavras em um texto.

Para isso, o primeiro ponto a ser considerado é o público-alvo e os símbolos que ele consome.

Com a definição dos perfis dessas buyers personas, compreende-se suas preferências e inspirações – e, por consequência, é possível determinar cores, iluminação, características dos modelos e o que eles devem vestir, quais os cenários, objetos e que tipo de ação deve se desenrolar na cena.

O objetivo é garantir que o observador possa reconhecer sem dificuldade todos os elementos da imagem, compreenda o contexto, capte qual sensação ela transmite e, com isso, chegue a uma conclusão.

Importante: a emoção criada pela harmonia de todas as partes é mais importante do que a conclusão lógica.

Como usar a luz para criar imagens mais atrativas?

Além de proporcionar visibilidade à cena, a iluminação é responsável por separar os elementos e planos da imagem. Por isso, usá-la adequadamente é fundamental para a modelagem dos sentimentos que desejamos transmitir.

Compreender seus efeitos é simples: basta pensarmos na diferença que nós mesmos sentimos ao nos expor à luz natural do dia e a um abajur à noite.

É pouco provável que sintamos vontade de dormir com o sol a pino, da mesma forma que a chance de nos engajarmos em uma nova tarefa tarde da noite é remota.

Além disso, há vários tipos de iluminação: a luz do céu em dias de chuva, o sol no fim de tarde, a luz da lua, aquela irradiada pelas lâmpadas da nossa cozinha, a luz de um supermercado etc.

Usamos justamente as memórias que temos dessas experiências para definir qual tipo de situação de iluminação queremos simular – a fim de que o espectador consiga reviver dentro de si as sensações correspondentes.

Outros pontos: a cena será clara ou escura? Brilhante e vívida ou sombria e misteriosa? Todos os elementos devem aparecer? Algum deles merece mais destaque do que outro?

Além disso, nada nos impede de criar sensações com combinações de iluminação muito diferentes de nossas referências comuns. Para isso, são utilizadas luzes que simulam cores raras ou inexistentes no mundo natural – ou seja, fora de nosso campo de memória.

Além de proporcionar visibilidade à cena, a iluminação é responsável por separar os elementos e planos da imagem

Cores e sua influência nas imagens

Outro recurso que, junto com a iluminação, é responsável por definir o mood (ou seja, o humor, no sentido de estado de espírito) de uma cena é a paleta de cores.

Em fotografia comercial, trabalhamos na verdade com duas paletas de cores: a do mood e a do universo visual da marca.

Em geral, as pertencentes ao universo da marca são representadas em alguns elementos de cena, nas roupas dos modelos, entre outros detalhes.

A paleta de cor do cliente é a base a partir da qual as cores que definem o mood são aplicadas. É da combinação de ambas que a produção e o fotógrafo conseguem atingir as sensações e transmitir a mensagem adequada.

Assim, as cores dos objetos de cena serão complementadas pela iluminação, para que em uma última etapa as características próprias de cada um dos elementos (brilho, sombra, saturação, matiz, meio-tom) sejam trabalhadas na pós-produção, a fim de se intensificar os resultados.

Em fotografia comercial, trabalhamos na verdade com duas paletas de cores: a do mood e a do universo visual da marca

Texturas e formas nas fotos comerciais: o que considerar?

As texturas e as formas são responsáveis por construir a ponte entre o sentido da visão e o do tato. Por isso, quando se consegue captar e transmitir ambos de maneira adequada, a mensagem da fotografia ganha ainda mais potência.

Também são características que, quando bem trabalhadas, guiam o olhar do espectador para pontos específicos da foto.

Em geral, o espectador, ao se deparar com uma fotografia, foca sua atenção em identificar os elementos da imagem. Em um retrato, por exemplo, seu cérebro irá reconhecer que há uma pessoa, uma cadeira, um automóvel, o mar, um edifício etc.

No entanto, quanto abandonamos a posição de espectador para assumirmos o posto de construtores de mensagens visuais, cada imagem é pensada como um conjunto de formas, cores e relações de contraste em um plano bidimensional.

Dessa maneira, em uma foto, pessoas e objetos são pensados apenas como formas e texturas – que devem ser consideradas como peças de um amplo quebra-cabeça.

Exemplo: visualize uma imagem cheia de quadrados brancos. Se você trocar qualquer um deles por um círculo preto, esse novo elemento irá se destacar a ponto de se tornar o principal ponto de atenção da imagem. E, quanto maior for esse círculo, mais destaque ele ganha.

Essa lógica aplica-se a qualquer tipo de imagem. É a organização dos elementos que fará com que certas partes se destaquem mais do que outras.

Isso, em conjunto com as cores e a iluminação, forma boa parte do caminho a ser trilhado para se produzir uma foto impactante, de qualidade, que transmita adequadamente a mensagem a que se propõe.

As texturas e as formas são responsáveis por construir a ponte entre o sentido da visão e o do tato

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Caio Costa